domingo, 22 de novembro de 2009

Vem e me cobre com teu corpo
me alimenta com teu gozo
vamo compartilhar nossa solidão.

Somos um, sempre seremos.

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

14/09/2009

E agora
O mundo dentro de nós, vai se transformar em um só.

De dois amores, três se fazem
Para se tornarem um na eternidade do infinito dentro de nós.
O tempo, o engolimos e o matamos.
Nos restou a luz da lua e a infinidade de estrelas.
(A paciência, matemática ciência que se aprende ao calcular o outro)
Em seu pouso a pausa da respiração, eu prendo o ar , uma prece em seu olhar, minha ave oração.
A felicidade rola na face.
Há um sentimento maior que eu mesma na chuva e na canção desta manhã, um sonho alto em vôo.

Meus amores
Minha família.

(Saudade de um instante que ainda estar por vir, que o destino é capaz de sentir e profetizar um tanto colorido e em tom de segredo aos nossos sonhos, e é lá que eu estarei quando assim me encontrar novamente e novamente)

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Sim!
Tá legal! Já chega!
Eu sei, nós somos loucos.
Mas também eram loucos aqueles que inventaram o amor.

(o amor não foi feito pros lúcidos)

segunda-feira, 13 de julho de 2009

O mundo agora é dentro de nós.

vou parafrasear por completo teu corpo
vou sentir por completo este amor
vou beber para sempre do teu sangue

o mundo agora é dentro de nós.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Não posso dizer o que eu quero
Saberia demais e eu teria que mata-lo por isso.
Posso dizer o que eu sinto
Quando me toca
Quando me olha
Posso te levar pra ver estrelas, mesmo onde não tem
Posso correr quilometros pra te ver sorrir
Posso achar linda sua bermuda rasgada
(combina com meu vestido de bolinhas)
Posso não querer que vá
Posso amar quando pega no meu pescoço pra me beijar
(droga, estou entregue nessa hora, droga)
Posso dizer 1.258 tchaus que não valem de nada
Posso fingir que sou a melhor do mundo inteiro
(posso ser seu travesseiro?)

Ele leva o casaco dela
Mal sabe que se não levasse casaco nenhum, só ficasse ao lado dela, já estaria aquecida.
Olha pra ela
Ela mede seu rosto e sente o dela queimar
Não falaram mais nada
Não precisava......................
Aquele abraço aquece o coração dela.
(Ela queria entrar dentro dele)

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Capítulo 3 - Sobre frio enquanto chove

Não diga mais nada...Não.
também não apague seu fogo
preciso dele pra aquecer meu coração.
talvez queira, talvez não queira
afinal, o que quer?

Sim, sou frio, mas faço questão de te aquecer.


Sai pela chuva, correndo com o casaco dela na mão.
É sim, é tudo questão de escolha.
Ele gosta, ele sacia a própria fome.
Pra que tanta audácia, a de tentar tirar de lá, colombina?

Me desculpe senhor.
Colocarei seu coração de volta no freezer enrolado num papel filme.
Até logo.

E sai pela chuva.
Não precisa guardar a chuva.
Não espero mais nada de mim
Menos ainda do próximo
É o ciúme doente que tenho de mim
A falta de vontade de me dividir
O egoísmo que molda meu caráter
O orgulho que sinto da minha loucura
Sim é a minha frieza... e quanto a ela não posso fazer nada
Sou frio, mas tenho certeza de que posso te aquecer

terça-feira, 26 de maio de 2009

Cadeado difícil, eu sei.
Não quero entender, talvez eu me perdesse no caminho.
Posso sentir sua mão gelada, aquecendo a minha
Posso esconder algumas palavras
Mas não posso esconder a ternura de te olhar dormir as...alguma hora a mais de atraso na minha vida.
Atrasaria novamente.
Pararia todos os relógios.
Abraços, inquietações e insanas mordidas
Não sei se gosto ou detesto gostar demais disso.
Mas leva um pedaço toda vez que vai
Dilacerado ou mutilado, joga tudo numa mala azul turquesa, e volta.
Só me traga você, mais nada.
Preciso me embriagar de ti.

Te espero enquanto brilharem.

domingo, 24 de maio de 2009

Eu volto
talvez não completo, inteiro, ao meio...
desfigurado... embrulhado num papel azul, cadeado difícil... aberto...
Entre em mim, deite onde quizer...
Não tente entender, só deite...
(posso ficar olhando enquanto adormece?)
(Posso sentir falta quando não está?)
Agora vou, prometo voltar. Não prometo cumprir
(Ah, eu volto, e sabes que volto, sabe que sempre vou voltar enquanto ainda quiser esperar)

e os lábios se separam, o frio aumenta, no céu ainda há estrelas.

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Vc sempre faz as perguntas erradas - diz ele
Eu não quero ter que pensar pra perguntar - diz ela
Então não espere respostas - diz ele
Não quero esperar nada - diz ela
Então não comece - diz ele
Então me beije - diz ela

As palavras ficaram pequenas
e nenhuma pergunta mais no espaço a bailar
a resposta estava no toque
e na respiração do mesmo ar.

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Quase não pude dormir...
ainda lembro das estrelas, logo após da falta delas
das estrelas novamente.

o colchão agora parece imenso
o travesseiro sente falta...
Ah, mas as estrelas, pr´onde foram?

(Chegamos?)

lembro que disse:
"Ainda tá cedo!"


Olha novamente a mesma estrela...


Lembro que disse:
"Cedo nada"

poderia para sempre cantar...
Ah, se não fosse aquela estrela.

terça-feira, 19 de maio de 2009


É, ele nunca sabe o caminho.
Me conveço que gosta de estar perdido
E ainda, colocar a culpa na moça do lado.
Ela acha engraçado.

Medindo o rosto dele
Sentindo o cheiro dele
Poderia tatear, como se conhecesse aquele corpo inteiro.
Poderia escrever algo lindo naquela hora.
Ele é sim um quebra cabeça, tem que pensar,
pensar, mas eu gosto como meu rosto encaixa em seu peito.
Gosto das mãos
Do cheiro da respiração
Do ar de mistério e calma
Ele me ajuda a respirar melhor
Adormeço;
E acordo com sua voz.
Fico um tempo deitada ouvindo e pensando
que droga, que lindo.
Mas que droga, pq tão lindo.
Droga.
Suspiro, e ouço.
Ele me olha e sorri.
E a hora sem piedade, voa...
Dorme ele e uma bermudinha
eu queria dormir com os dois.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Segundo capítulo - Sobre estrelas e a falta delas.

Nus..
trocavam olhares, enquanto as estrelas iluminavam toda a extensão daquela estrada
a neblina dava uma impressão de estarmos perdidos, nus e perdidos
(me desculpa, acho que esse não é o caminho)
Lembro-me de uma única estrela no céu, ao lado da lua, fazendo charme para também sair na foto
Lembro-me de ter visto ela parada na porta de casa, pouco antes de eu dormir
(aí, eu disse que sabia o caminho)
Um abraço apertado, sabíamos bem onde estavamos, nus e abraçados.

v.m.paes

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Não se despede.
Desliga.
Cresce a noite, um frio intenso na carne.
Tenta dormir, não consegue, pensa.
Pensa em esquecer de pensar
Pensa que está lembrando só de pensar no esquecer do pensar.
Corre para a porta dele, corre para desatrofiar os músculos enrijecidos pelo frio, presta atenção nos passos e gosta de acelerar.
-
E ao meio da escuridão
um barulho veio quebrar o silêncio da deliciosa monotonia dos seus dias de noite.
É ela.
Abre a porta, com o coração ofegante, o peito cansado, encontra o dele, frio, xadrez.
Na palidez dos mortos, alguma coisa irradia.

Posso ficar aqui?
A noite está tão fria.

Senta-se ao lado dele.
Os dois olham pra frente;
o cruzar do olhar sai faíscas de vergonha e alegria.
Docemente, pega um cigarro, olha pra ela, sorri e diz
-Ainda bem que chegou agora, tinha acabado o fogo, não tinha pra acender cigarros, produzir luzes e aquecer, estava me acostumando com o frio;

Ela lhe devolve o olhar,
o riso, e o fogo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Esqueça do tempo
(ele foi passando... passando)
e há muito passou da gente
"posso sentar ao seu lado?"
(e naquele segundo fiquei, não sei se na espera da resposta ou na resposta da espera. O ponteiros correram num borrão de números invisíveis no meu relógio de bolso.)

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Eu gosto da falta de pudor
Me alivia
Sinceridade me alivia


Eu gosto da proximidade dos umbigos
me esquenta
Calor me alimenta


Não sei dizer sobre o tempo
Ele complica.
Ou surpreende e facilita.
Não sei, pq não sei se prefiro o fácil ou complicado
O complicado, as vezes me excita
as vezes irrita.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Não precisamos de senso comum
temos uma simbiose de senso crítico
(crio galhos frondosos em torno de seu corpo)
aniquilando todo o pudor, e o temor
relativos quanto as coisas
objetivos quanto a proximidade dos umbigos
se o tempo não quiser fazer a sua parte
nós a faremos... fazendo parte dele.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Até agora não chegamos num senso comum sobre o tempo mesmo.
Pra mim um trem
(daqueles que se pula alambrado pra tirar fotos)
Pra ele, um suspiro alem.
Conversas embaixo da lua
Jogadas no meio da rua

Coisas relativas
Que podemos resumir
Num talvez, talvez?
Não tão quente quanto aquele...
Mas com pitadas de vontade
de que o tempo faça sua parte.

domingo, 3 de maio de 2009

Podia ser saliva, suor, atrito, ou imã...
o frio se transformou em calor
(o cigarro queimava no cinzeiro)
e quem se importa?
a chuva passou, o tempo continuou correndo...
e dentro de minha cabeça a esperança indagava:
"esse tempo demora voltar?"
Prefiro não pensar como saliva,
prefiro pensar no corpo quentinho perto do meu
(a varanda não havia presenciado coisa parecida)
E a chuva...
essa veio de mansinho, espiar o que era aquela confusao de luzes.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

sim em letras de talvez
o fogo acendia, e o mundo apagava
quanta ousadia...
dislexia... saliva, saliva, saliva
talvez o mundo gire rápido demais
que não sobra tempo pro cigarro, nem pra poesia...
(ainda saliva, saliva, saliva)
"tem mais cinco minutos pro talvez?"

quinta-feira, 30 de abril de 2009

A voz ecuava nos quatro cantos sobre o fogo
Como se o tempo trabalhasse em camera lenta
O silêncio enlouquecido havia faltado às aulas de química
E não viu o letreiro R10-3
"Inflamável. Provoca queimaduras graves"

E mesmo assim, responde que sim.

quarta-feira, 29 de abril de 2009

ouvi por muito tempo
um irritante silêncio, endoideci
ah... tinha uma voz, por detrás de minha nuca
e dizia:
"tem fogo?"

terça-feira, 28 de abril de 2009

A voz não é mais muda, enfim.
Há alguem escutando alem de mim
Cada pensamento não foi em vão
Vamos juntar-los
E depois espalha-los pelo chão

Ele irá nos envolver
(ele irá nos aquecer)

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Então me calo
na cadência de seus gritos me embalo
Tá frio, posso me deitar com você?
Pq ela grita...ninguem sabe
Mas se quer saber
não quero que acabe.........

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Vós és a voz
que grita novamente
dentro de minha cabeça.
Vozes mudas.
Voz és muda?